Ser bilíngue é bom para o cérebro – Do you speak english?

NÃO HÁ LIMITE DE IDADE PARA COMEÇAR

Várias pesquisas confirmam os benefícios para quem desafia o comodismo e a rotina, através da descoberta de uma nova linguagem. Deixar-se levar por uma viagem ao mundo de sons e ritmos desconhecidos nos permite penetrar em um universo cheio de significados inusitados. Somos levados a renovar nossos esquemas referenciais neste processo de aprendizagem, abrindo as portas à imaginação e à criatividade. A palavra se torna nossa aliada, o elo de interação com o outro, seja ele companheiro de estudo, ou em contatos com habitantes de outros países. Neste encontro se dão as trocas.O prazer de reconhecer-se e reinventar-se, expandindo as nuances da paleta convencional. De fato, vejo no ofício de ensinar e aprender com meus alunos a grande chance de enriquecer meu universo cognitivo e afetivo, na simples alegria do ato de dar e receber. Não há idade para aprender a melhor viver.

 

Ketty N. de Nahoum – Diretora/ Espaço Idiomas

DO YOU SPEAK ENGLISH?

SER BILÍNGUE É BOM PARA O CÉREBRO

Um estudo da Universidade de Edimburgo, na Escócia, sugere que ser bilíngüe pode ajudar a retardar nossa taxa de declínio cognitivo. A pesquisa visa a responder se as pessoas mais inteligentes têm maior propensão a aprender novas línguas ou se adquiri-las aumenta a capacidade cognitiva. Os resultados provaram que a segunda tese é verdadeira.

O estudo começou em 1947, quando 835 moradores de Edimburgo que falavam inglês, com cerca de 11 anos, receberam exames de inteligência. Eles foram novamente testados em 2008 e 2010, após completarem 70 anos. Dos participantes, 262 eram bilíngües na segunda rodada de testes.

Dentre os bilíngües, 195 aprenderam seu segundo idioma antes dos 18 anos e 65 durante a vida adulta. Os bilíngües se saíram melhor do que os monolíngües, e os pesquisadores ficaram surpresos em ver que a idade na qual os participantes aprenderam a segunda língua não fez diferença.

Essas descobertas possuem relevância prática considerável. Milhões de pessoas ao redor do mundo aprenderam sua segunda língua tarde.

Nosso estudo mostra que, mesmo na idade adulta, isso pode beneficiar o envelhecimento – explica Thomas Bak, do centro de envelhecimento cognitivo e epidemiologia cognitiva da Universidade de Edimburgo.

Embora seja de conhecimento geral que aprender outra língua é mais fácil na juventude, a pesquisa sugere que nunca é tarde para promover aumento de inteligência e envelhecimento cerebral saudável.

O estudo epidemiológico fornece um importante primeiro passo para entender o impacto do aprendizado de outro idiomas no envelhecimento cerebral. Essa pesquisa abre caminho para futuros estudos sobre bilingüismo e prevenção de declínio cognitivo – diz Alvaro Pascual-Leone, professor de medicina em Harvard.

Em 2013, Bak conduziu outro estudo concluindo que o bilingüismo poderia retardar o aparecimento de demência. Já um estudo de 2011 indica que aprender mais de uma língua atrasa o surgimento do Alzheimer.

ZERO HORA< Sábado – 14 de junho de 2014-06-17

Caderno VIDA

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