Por que aprender um segundo idioma?

A habilidade de falar uma segunda língua não é a única coisa que distingue bilíngues de quem apenas fala seu idioma nativo – seus cérebros trabalham de maneira distinta, também.

Pesquisas mostraram, por testes, que crianças quem falam duas línguas resolvem problemas com pistas equivocadas mais facilmente. Um novo estudo revela que o conhecimento da segunda língua – mesmo aprendido na adolescência – afeta como as pessoas leem na sua língua nativa. As descobertas sugerem que depois de aprender a segunda língua, as pessoas nunca olham para as palavras da mesma forma.

Eva Van Assche, psicologia bilíngue na Universidade de Ghent na Bélgica, e seus colegas recrutaram 45 falantes nativos de holandês que aprenderam inglês na idade de 14 ou 15 anos. Os pesquisadores pediram aos participantes para ler uma coleção de sentenças em holandês, algumas delas cognatas – palavras que parecem similares e tem significado equivalente em ambas as línguas (como “sport”, que significa a mesma coisa em holandês e inglês). Eles também leram outras sentenças contendo palavras não cognatas em holandês.

Van Assche e seus colegas observaram os movimentos dos olhos enquanto liam. Encontraram que gastaram, em média, menos oito milissegundos observando palavras cognatas do que outras palavras examinadas, o que sugere que seus cérebros processam palavras das duas línguas mais rapidamente do que palavras apenas encontradas em seu idioma nativo.

“A implicação mais importante do estudo é que mesmo quando uma pessoa está lendo em sua língua nativa, há uma influencia do conhecimento do segundo idioma”. Van Assche nota que: “Tornando-se bilíngüe há mudanças nas habilidades mais automáticas”. Ela planeja investigar da próxima vez se pessoas que são bilíngües também processam a informação auditiva de maneira diferente. “Restam muitas perguntas” ela diz.

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